
Como convidados, compuseram a mesa de abertura a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), o diretor de fomento ao esporte da Sudesb, Álvaro Filho; o diretor geral de esporte e Lazer da Prefitura, Téo Senna; o superintendente da Sudesb, Raimundo Nonato, o Bobô; o vereador Sílvio Humberto (PSB); a representante da Associação Brasileira de Educação Afro e Cidadania, Fátima Nunes, além de outras autoridades e representações da área de esporte. O evento contou ainda com a presença da premiada delegação olímpica cubana de Judô.

Representações das mais variadas agremiações ligadas aos esportes lotaram o auditório do Centro de Cultura da Casa, numa evidente demonstração de que o soteropolitano interessa-se, e muito, por esporte. Pelo menos, é essa a opinião defendida por Everaldo Augusto, que denunciou o total descaso da atual gestão municipal com a área e destacou a vocação esportiva da cidade, bem como a improvisação que os soteropolitanos fazem para praticar qualquer tipo de esporte.
Para o edil, “Salvador está órfã no que diz respeito ao esporte: existe uma cultura esportiva na cidade, mas falta vontade política. Há ações pontuais voltadas para a área, mas não respondem às demandas que nós temos hoje”. Everaldo pretende mobilizar a sociedade civil para exigir dos poderes públicos uma “atitude concreta”.
Impossibilitada de comparecer ao evento, a deputada Alice Portugal foi representada pela sua assessoria. Em nota, Alice parabenizou o vereador pela “pertinente iniciativa”. A deputada destaca a importância do caráter participativo que Everaldo quer imprimir ao debate sobre o esporte em Salvador, sobretudo quando se considera a grande expressão que o esporte de rua tem na cidade, com destaque para a capoeira. Alice é autora do PL 1371/2007, que determina que não estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais de dança, artes marciais e ioga, capoeira e método pilates, seus instrutores, professores e academias.

Téo Sena discorreu sobre as atividades que a diretoria de Esporte e Lazer de Salvador vem desenvolvendo sob a sua gestão. Ao apresentar um contingente de aproximadamente 50 mil soteropolitanos alcançados pelos programas esportivos da prefeitura, o ex-vereador admitiu que esse é um número pequeno. Sena atribuiu o baixo alcance das ações à falta de recursos do órgão e afirmou que iniciativas como a de Everaldo Augusto contribuem para reverter essa situação.
Ao parabenizar o companheiro de partido, Aladilce Souza destacou o seu “comprometimento com as políticas públicas da cidade”. Com formação em enfermagem, a vereadora defendeu a ideia de que “não podemos promover a saúde se não incorporarmos a atividade física aos nossos hábitos diários”. Aladilce lamentou que a atual gestão de Salvador definiu um orçamento “já pequeno” para o esporte de R$ 2 milhões e contigenciou o valor para R$ 800 mil. Para ela, a prefeitura “tem de dizer qual é o lugar do esporte”.
Após a dissolução da mesa de abertura, o debate foi aberto para a participação das mais de 15 categorias do esporte representadas, além de professores, atletas e membros da sociedade civil interessados no futuro das políticas públicas de esporte para Salvador.
De Salvador,
Susana Hamilton