
Professora e dirigente da CTB e da APLB, Ivana Leony enfatizou a necessidade de se conscientizar pessoas, desde a mais tenra idade, para a rejeição ao preconceito de gênero. “Temos de fazer cumprir a resolução do Conselho de Educação que estabelece as diretrizes para que a educação em direitos humanos seja incluída na proposta pedagógica das escolas”, defendeu.
Para tratar o tema da violência contra a mulher, Alice Portugal fugiu da clássica abordagem que contempla as estatísticas e remontou à origem antropológica da dominação da mulher pata justificar a violência de gênero. A deputada contextualizou o tema a partir da distinção entre os espaços público e privado.

Ao reconhecer os avanços conquistados a partir da afirmação feminina, a deputada lamentou, entretanto, que os casos de violência contra a mulher têm aumentado. Alice frisou que a Lei Maria da Penha é uma das mais avançadas do mundo na proteção à mulher, mas ainda não foi aplicada integralmente. “Enquanto não construirmos na base da sociedade orçamento para criar mais varas especiais, mais medidas protetivas, para prender o agressor, nós vamos continuar amargando a cada 8 de março esses índices”.
A presidenta do Snpojud, Maria José Santos da Silva, a Zezé, esclareceu que mesmo em uma entidade ligada ao Judiciário, como é o caso do Sinpojud, é grande o número de casos de violência contra a mulher. “Também não é fácil para nós que trabalhamos no tribunal. A violência está em toda a parte, nos setores público e privado. É a hora de a mulher dominar esse mundo. O homem já mandou demais’, disse a dirigente sindical.
Zezé citou uma pesquisa recente feita no Judiciário que aponta que, 60% dos cônjuges homens, quando perdem o emprego se acomodam e deixam as mulheres proverem o lar. A sindicalista encerrou o seminário convidando todos para a inauguração da nova sede do Sinpojud, na sexta-feira (21).
De Salvador,
Susana Hamilton