
A matéria busca vedar a transferência dos serviços de fiscalização de trânsito para empresas privadas, mediante contratos de concessão ou parceria, seja no âmbito de cada município, seja nas rodovias estaduais e federais. “Este projeto busca ainda resgatar o espírito educativo que norteou o legislador durante a elaboração do Código de Trânsito Brasileiro, vedando a transformação dos serviços de fiscalização de trânsito em uma indústria de multas, voltada muito mais para amealhar lucros para as empresas privadas que os exploram e para ampliar a arrecadação da Administração Pública”, justifica a deputada.
Alice destaca também que em alguns estados, empresas responsáveis pela fiscalização ficam com quase a metade do valor da multa aplicada e, ao criar verdadeiras armadilhas para flagrar o motorista, transformam o serviço prestado em fonte de lucros inestimáveis. Dessa forma, o projeto introduz modificações no Código de Trânsito Brasileiro não no sentido de abrandá-lo em relação aos infratores de trânsito, mas sim para impedir que perdure no país a indústria da multa. “A ideia é torna exclusiva do Estado a tarefa de fiscalização do trânsito e determinar que as infrações só poderão ser lavradas por funcionários públicos, civis ou militares”, explica Alice.
De Brasília,
Maiana Neves