
A deputada Alice Portugal lembra que a atividade é um dos ofícios mais tradicionais da Bahia, e data do período da escravidão, quando se iniciou com as chamadas escravas de ganho, que trabalhavam nas ruas, vendendo quitutes para as suas senhoras, geralmente pequenas proprietárias empobrecidas. "Com o fim da escravidão, a venda do acarajé permaneceu como uma atividade econômica relevante para muitas mulheres, que, na maioria dos casos, garantem nos tabuleiros o sustento de suas famílias”, disse.
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A deputada salienta que essa ainda é a realidade entre as 5 mil baianas que atuam em Slavador . “Famílias inteiras dependem da comercialização dos quitutes que ‘a baiana tem’. De acordo com a Abam, 70% de suas associadas, em sua grande maioria, negras e pobres, são chefes de família”, pontuou.
Para Alice, o reconhecimento pode contribuir para preservar a tradição e melhorar as condições de produção, reprodução e circulação relacionadas ao bem cultural.
De Salvador,
Susana Hamilton