Os dados da SEI apontam que, de cada 100 desempregados em 2013 na RMS, aproximadamente 59 eram do sexo feminino. “Além de compor o maior contingente de desempregados, a mulher é a maior vítima de precarização do trabalho, de assédio sexual e moral e, para exercer as mesmas profissões, com os mesmos níveis educacionais, as brasileiras ganham cerca de 30% a menos do que os homens”, pontuou Alice.
 
A deputada disse, ainda, que a pesquisa revela uma realidade “preocupante”, já  que Salvador é a capital brasileira com maior índice de mulheres chefes de família. “No Brasil, 37% dos lares são chefiados por mulheres. Aqui na Bahia –  51% na cidade de Salvador – há o maior índice de lares  gerenciados por elas  e,  em momentos de crise, as trabalhadoras são as primeiras a serem demitidas”. 
 
Autora do PL 6653/2009, que “cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens, para coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho urbano e rural”, Alice salientou  que há dezenas de projetos de lei na Câmara dos Deputados voltados à promoção da equidade de gênero que não chegam a ser  votados. “A maioria deles está dormitando há 10, 12 anos na  Câmara dos Deputados. Sempre que o projeto 6653 está para ser votado , por exemplo, os representantes do empresariado levantam-se  e barram-no, sob o argumento de que não se pode votar a equidade salarial, pois isso macularia  a imagem de algumas empresas”, concluiu. 
 
De Salvador,
Susana Hamilton
 

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