
A reunião também contou com as presenças da deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), do secretário de Cultura do Estado, Albino Rubim, do diretor do Muncab, José Carlos Capinan, do presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Hilton Cobra, e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo, dentre outras autoridades ligadas à cultura.
A ministra destacou a importância de ter um museu que conta a história do negro, raiz fundamental para a nossa formação. “O acervo encontrado aqui tem grande relevância, relata a importância do negro no processo civilizatório do brasileiro", disse.

O próximo passo para a federalização será a produção de um diagnóstico de pendências do museu, tarefa que ficará a cargo do governo do estado e do Ibram. A partir daí, o Executivo terá que enviar projeto de lei ao Congresso para a federalização.
O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira conta com um acervo que reúne peças de arte sacra, fotografias e trabalhos contemporâneos relacionados à cultura negra. É localizado no suntuoso prédio do antigo Tesouro do Estado, no Centro Histórico de Salvador.

Na mesma tarde, a ministra lançou a segunda edição do Edital Núcleo de Formação de Agente de Cultura da Juventude Negra. A iniciativa do Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares (FCP), prevê investimento de aproximadamente R$ 4 milhões em todo o Brasil para a qualificação profissional de 1.200 jovens negros – cerca de 350 deles no Nordeste – , que irão atuar no mercado brasileiro.
O lançamento aconteceu no Palácio Rio Branco e contou com a presença das autoridades que participaram da reunião técnica para federalização do Muncab, além de artistas, vereadores de Salvador, e expoentes da cultura negra na Bahia.
Com recursos do Fundo Nacional de Cultura (FNC), o edital selecionará dez propostas de entidades, que possuam capacidade técnica e administrativa, para oferecer cursos de formação profissional na área cultural a jovens negras e negros do ensino fundamental e médio completo e incompleto – oriundos das classes sociais C, D e E – de todas as regiões brasileiras. Cada aluno receberá bolsa incentivo que poderá ter duração de até dez meses. As capacitações são nas áreas de iluminação cênica, figurinista, desenhista de moda e mais 15 cursos.
De Salvador,
Susana Hamilton