
O evento lançou a pedra fundamental para a construção da tese do 3º Congresso Nacional da CTB. “Queremos construir um documento base que sustente um plano de lutas que transversalize a questão da diversidade”, explicou a secretária da Mulher, Trabalhadora, Raimunda Gomes, a Doquinha.
Respeito às diferenças
Única mulher da bancada baiana na Câmara e secretária estadual de Mulher do PCdoB, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA) fez um balanço dos projetos que contemplam eliminação de desigualdades em curso no Congresso Nacional, salientando as dificuldades que emperram a sua aprovação. A parlamentar destacou avanços recentes, como a aprovação da PEC do Trabalho Doméstico, a Lei de Cotas nas universidades e a Lei Maria da Penha. Alice falou ainda da dupla jornada imposta às mulheres, da necessidade de uma consciência social e defendeu que as negociações coletivas levem em consideração “questões fisiológicas de homens e mulheres”, citando como exemplo sequelas que atingem mulheres comerciárias, obrigadas a trabalharem em pé.

Foco em políticas de reparação
Para o presidente regional da Central, Adilson Araújo, o evento celebrou a necessidade de focar em políticas de reparação e enriqueceu o debate sobre as diretrizes neste quinto ano de existência. “Buscamos hoje construir igualdade de oportunidades, assim a Bahia recebeu esta plenária da CTB Nacional com o objetivo de desenhar uma plataforma focada na melhoria da condição de vida do trabalhador. Em especial, esse debate coincide com um conjunto de congressos estaduais que terão entre suas bandeiras de luta a correção de distorções históricas, que penalizam mulheres e negros no mercado de trabalho”.
Com informações do portal da CTB