“Nós estamos numa cruzada, junto à Comissão da Verdade, juntamente com a Deputada Jandira Feghali, como também ao lado de educadores brasileiros da UnB, da Universidade Federal da Bahia, em busca de que a Comissão da Verdade incorpore nas suas investigações e análises a morte do educador baiano Anísio Teixeira”.
Alice ressalta que “Anísio Teixeira foi morto em condições ainda não explicadas. O seu corpo, no poço de um elevador do Rio de Janeiro, sem nenhuma evidência de queda”.
Titular de duas comissões que tratam da qualidade da educação pública no país (PL803510 e PL742006), Alice Portugal considera da maior relevância a elucidação das circunstâncias da morte daquele que defendia o ensino público, gratuito, laico e obrigatório. “Anísio é um dos elaboradores da nova forma de pensar a educação do Brasil. Antes de Florestan Fernandes e Paulo Freire, Anísio já dizia, na década de 40, que educação é um direito de todos e não um bem da elite. Foi um precursor da massificação da educação no Brasil”.
A deputada Alice Portugal lembrou a solicitação de uma audiência pública na Comissão de Educação para tratar da matéria, com o Prof. João Augusto Rocha, da Bahia; com o Reitor da UnB; com o ex-Deputado Haroldo Lima, estudioso e primo de Anísio Teixeira; e com a família do educador, além dos membros da Comissão da Verdade. Para Alice é preciso verificar “com acuidade os mecanismos que levaram à morte daquele educador tão perseguido por duas ditaduras, exilado, autoexilado, com sofrimento profundo pelo impedimento da defesa da educação como direito de todos no Brasil”.
Por último, Alice pediu a atenção de toda a sociedade e da mídia para “deem a notícia da busca pelo esclarecimento da morte do grande educador Anísio Teixeira”.