
A proposta direciona 75% dos royalties da exploração fora da camada do pré-sal para educação e 25% para a saúde. No caso do Fundo Social do pré-sal, o texto prevê que metade de todos os seus recursos, e não apenas dos rendimentos, irá para educação até que sejam cumpridas as metas do Plano Nacional de Educação (PNE); e para saúde, conforme regulamentar o Executivo.
A Votação foi viabilizada por um acordo de lideranças que prevê uma nova lei para diminuir o fluxo de dinheiro do Fundo Social do pré-sal para esses setores no médio e longo prazo. A ideia é que, em um horizonte de tempo mais largo (cerca de 15 anos), os rendimentos obtidos pelo fundo sejam suficientes para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (10% do PIB em educação) e da saúde. Até essa mudança, ficará valendo a aplicação de 50% do capital principal do fundo em educação, até que se cumpra a meta do PNE.

Alice creditou a vitória àqueles “que nunca dormiram”, referindo-se a representações de estudantes e professores, como União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Antes da votação, a deputada recebeu em Brasília, as presidentas da UBES, Manuela Braga, e da UNE, Virgínia Barros.
Para a deputada, é necessário agora garantir os 10% do PIB para investimento em educação. “Demos um passo, mas, para que esse passo seja efetivamente consolidado, será preciso que o Senado aprove os 10% do PIB para a educação. Com os 10%, teremos novos horizontes. Um país que quer de fato ser soberano, independente, precisa investir em educação, na perspectiva de futuro de seus jovens, na produção de tecnologia e na remuneração de seus professores”, disse Alice, que é uma das autoras da lei que instituiu o Piso Salarial Nacional dos Professores.
De Salvador,
Susana Hamilton