Na definição do Diap, “cabeças” são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de habilidades como a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade ou eficiência na leitura da realidade.
A instituição também destaca a capacidade de conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Os “Cabeças” do Congresso, portanto, são parlamentares que exercem real influência no processo decisório, liderando seus pares, junto aos quais têm grande prestígio.
Enquadrada na categoria “debatedora”, Alice declarou-se “muito honrada" com a indicação. Debatedores são aqueles parlamentares ativos, atentos aos acontecimentos e, principalmente, com grande senso de oportunidade e capacidade de repercutir, seja no plenário ou na imprensa, os fatos políticos gerados dentro ou fora do Congresso.
Alice também enfatizou a forte presença do PCdo B entre os mais influentes. Na bancada baiana, dentre os cinco cabeças, dois são comunistas. Além do presidente do partido na Bahia, Daniel Almeida, e Alice Portugal, foram apontados os deputados Nelson Pelegrino, Amaury Teixeira e o senador Walter Pinheiro, todos petistas.
Dentre as nove mulheres contempladas, quatro são do PCdoB: senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e Manuela D´Ávila (PCdoBRS) e Rose de Freitas (PMDB-ES).
A presença feminina entre os “cabeças” do Congresso, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Enquanto elas representam 15,31% do Congresso, as mais influentes toalizam apenas 9%.
De Salvador,
Susana Hamilton