Sem conseguir debater questões referentes aos Direitos Humanos, deputados como Jean Willys (PSol-RJ) e Erika Kokay (PT-DF) vão analisar a renúncia de suas cadeiras, migrando os trabalhos para a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, criada após a nomeação do pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão. Em entrevista ao Metro1, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), que integra a Frente, declarou que não há mais a possibilidade de trabalhos sob a direção de Feliciano. "Ao assumir a presidência um deputado com valores atrasados, retrógrados, racistas, de natureza homofóbica, a Comissão fechou as portas para a sociedade. Os deputados estão cercados, completamente neutralizados e vão analisar a saída porque Feliciano não nos representa", afirmou a deputada.
Alice afirma que não há mais possibilidade de atos administrativos para retirar o controverso Feliciano da liderança da comissão pelo fato de ele ter sido escolhido por maioria dos votantes para a comissão do colegiado, e afirma que, agora, só o clamor popular pode fazê-lo, nas ruas.
"A única coisa que pode tirar Marco Feliciano é a voz das ruas, porque ele está apoiado na proporcionalidade. Eu creio que a forma de não legitimar é esvaziar a comissão e dar vigor à Frente de Direitos Humanos da Casa até que possamos, de fato, romper com essa atitude impensada de colocar Marco Feliciano na presidência".
A reunião da Frente Parlamentar está prevista para acontecer nesta quarta-feira (17), ao meio dia.
Fonte: Metro1 e Bahia247