
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida do Norte (SP), cardeal Raymundo Damasceno, foi quem fez a abertura do ato. “Nós não somos donos da verdade, mas queremos contribuir com esse projeto, que queremos que seja o melhor para o Brasil. Essa proposta é apoiada por esta Coalizão bastante ampla, bastante significativa enquanto representante da sociedade brasileira e atende as necessidades da sociedade por um projeto de reforma política democrática”, afirmou.
Durante o ato, Alice Portugal destacou a importância da aprovação do PL 6316/2013. “Para salvaguardar os direitos da própria democracia, precisamos fazer uma reforma política que faça desse Congresso um real espelho plano da sociedade brasileira, porque a imagem do povo brasileiro está distorcida pela força do poder econômico que é o maior cabo eleitoral das últimas eleições. Por isso, defendo este projeto da Coalizão e o meu partido está alinhado com esse projeto”, disse a deputada.
A parlamentar fez uma dura crítica à grande mídia que não fez a cobertura do evento. “Temos neste ato a presença de grandes entidades, mas ainda uma presença pequena da mídia. Espero que digam que estivemos aqui em grande quantidade e de maneira suprapartidária e plural para lutar por esse grande direito que é esmerilhar e fazer brilhar a democracia brasileira”, finalizou.
Os principais pilares do PL 6316/2013 são: a exclusão do financiamento de empresas nas campanhas, a alternância de gênero nas listas de votação e a ampliação dos mecanismos de participação direta da sociedade.
Clique aqui e confira o depoimento da deputada Alice Portugal no ato.
PCdoB é contra a PEC 352/13
No início deste mês, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 352/13, que propõe a reforma política. Foi instalada também a comissão especial que está discutindo o tema. De acordo com o texto, a ideia é dar “liberdade” aos partidos na escolha das fontes de financiamentos de suas campanhas.
Por isso, a Bancada do PCdoB na Câmara é contra essa PEC, por acreditar que acabar com o financiamento empresarial de campanhas é essencial para uma profunda mudança no sistema político-eleitoral brasileiro.
De Brasília,
Maiana Neves