A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) destacou nesta quinta-feira (21/03), na tribuna da Casa, as comemorações dos 176 anos de emancipação política da Cachoeira. Alice parabenizou a população da Bahia e da Cachoeira pelas comemorações ocorridas no último dia 13 de março. Localizada no Recôncavo Baiano, a 109 quilômetros de Salvador, Cachoeira teve papel determinante na luta pela independência da Bahia, fato que lhe rendeu o título de Cidade Histórica. No período imperial, quando era vila foi elevada à categoria de cidade por decreto imperial de 13 de março de 1873 (Lei Provincial 43). Também transformada em Monumento Histórico Nacional desde 1971, quando foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) parabenizou à população da Cachoeira, “saúdo o povo da Cachoeira pela passagem dos 176 anos de emancipação desta que é nossa segunda capital, patrimônio histórico dos baianos e dos brasileiros, símbolo de uma luta do povo”.
A deputada destacou que há sete anos, Cachoeira vive a realidade de sediar um campus da UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, que oferece no CAHL – Centro de Artes, Humanidades e Letras, cursos de Comunicação, Cinema, História, Museologia, Serviço Social e Ciências Sociais. A unidade de ensino está instalada no Quarteirão Leite Alves, onde funcionou uma antiga fábrica de charutos e cigarrilhas. O antigo prédio arruinado foi totalmente restaurado e adaptado pelo Programa Monumenta do Ministério da Cultura, para abrigar os cursos universitários, dentro da proposta de revitalizar a cidade histórica.
Alice também lembrou que além de ser considerada Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN), Cachoeira também é considerada berço da luta pela independência da Bahia e por esta razão, a partir de 2008, pela Lei 10.695/07, a cidade se transforma em capital da Bahia todo dia 25 de junho. “É uma cidade marco para nós baianos, pois é um símbolo de uma luta heroica do povo na defesa de sua pátria”.
História – Inicialmente uma região habitada por índios, a fundação do povoado é atribuída ao célebre náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru. Foi a iniciativa de duas famílias portuguesas, os Dias Adorno e os Rodrigues Martins, que possibilitou sua elevação a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário em 1674. Devido à sua localização estratégica, um entroncamento de importantes rotas que se dirigiam ao sertão, ao Recôncavo, às Minas Gerais ou a Salvador, então capital da colônia, logo passou a se enriquecer e, em 1698, tornou-se a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu – o nome se dá por se situar próxima às quedas d'água presentes na cabeceira do Rio Paraguaçu.
O desenvolvimento do cultivo de cana-de-açúcar, da mineração de ouro no Rio das Contas e a intensificação do tráfico pelas estradas reais e da navegação do Rio Paraguaçu colaboraram para o rápido desenvolvimento econômico da região a partir do século XVIII. Já em inícios de 1800, a sociedade cachoeirana detinha grande influência política e participa ativamente das guerras pela Independência da Bahia, em 1821, constituindo a Junta de Defesa.