
Segundo Daniele Costa, coordenadora estadual da UBM, a bandeira pelo fim da violência ainda necessita estar erguida, apesar das conquistas. “A Bahia está entre os quatro estados em número de morte de mulheres. Esse ainda é um tema muito caro pra nós, apesar da Lei Maria da Penha, que foi uma grande conquista porque é o Estado assumindo essa responsabilidade. Mas isso ainda não impactou em uma redução da violência”, defende a coordenadora.
Para a deputada federal Alice Portugal, a Lei Maria da Penha é uma das mais avançadas do mundo, mas ainda não pode ser efetivamente aplicada. . “Apesar de termos conseguido afirmar que não se paga violência com cesta básica, por não termos uma estrutura de varas especiais no poder Judiciário, nem delegacias especiais instaladas na proporção de uma para cada 50 mil habitantes, ainda registramos um alto grau de violência contra a mulher. Para combater a violência contra a mulher é preciso orçamento público, mas é preciso que se exija também consciência social na família, na escola e no trabalho”, defendeu.
Além das cruzes, a UBM também levou flores brancas, panfletos, faixas e uma caixa de som, que possibilitou que as mulheres falassem aos banhistas e trabalhadores do Porto da Barra. “Fazer esse ano aqui no Porto é uma coisa muito marcante para nós, que vivemos essa praia, que somos praieiras, para falar da violência e também da sub-representação feminina”, afirmou a integrante do Fórum Nacional de Mulheres do PCdoB, Julieta Palmeira.
De Salvador,
Susana Hamilton