O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, propôs a votação do projeto no dia 5 de novembro, mas os líderes não fecharam acordo. A votação foi acompanhada por cerca de 200 agentes comunitários de saúde que, das galerias, cantaram o Hino Nacional duas vezes no decorrer da sessão e gritaram “hoje, hoje” para cobrar a votação nesta quarta. A pressão foi suficiente para garantir a votação do regime de urgência.
Defensora da criação da carreira e da instituição de piso para os agentes comunitários de saúde, a deputada Alice Portugal lamentou o adiamento da votação. “Votei sim ao piso. O papel dos agentes comunitários na saúde de um país continental como o nosso é fundamental. Eles são o exército civil que leva a saúde aos rincões mais longínquos do País”, disse, ao se declarar emocionada com o coro dos agentes nas galerias.
Segundo o Ministério da Saúde, em agosto havia 256,1 mil agentes comunitários de saúde atuando em 5.424 municípios. A estimativa do ministério é que eles sejam responsáveis pelo acompanhamento de 125 milhões de pessoas atendidas pelo programa Saúde da Família.
Com a falta de acordo, ainda não há data prevista para a votação do projeto. A partir da próxima segunda-feira (28), a pauta do Plenário ficará trancada pela proposta do marco civil da internet (PL 2126/11).