Em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta quarta-feira (26), a deputada federal Alice Portugal reiterou a sua posição histórica contrária à PEC 37. “Só houve uma votação, que foi ontem, e eu votei contra. Votei ‘não’ à PEC 37, não por modismo, mas por princípio. Porque o Ministério Público tem sido parceiro na questão da transparência e, muito além disso, tem sido parceiro na garantia da Lei Maria da Penha, foi para o Supremo conosco, mulheres de luta, para impedir que a Lei Maria da Penha caísse. O MP tem sido parceiro em relação a esse contencioso ambiental que existe no Brasil, na luta contra o trabalho escravo, contra a exploração do trabalho infantil. Eu tenho muitas histórias para contar de parceria com o MP . E a minha visão é que tem que se achar uma regulamentação sem o menosprezo da tarefa investigativa da polícia, que é fundamental e indispensável. Mas não se pode retrair nas funções dessa instituição que nós lutamos para criar na Constituinte. Eu fui uma das signatárias nas ruas por essa garantia, desde a primeira hora, não foi uma coisa de ontem, por pressão das ruas”, disse a parlamentar.
Ao defender as manifestações que ganham as ruas do Brasil, a deputada citou os avanços obtidos nos últimos anos de governo progressista no Brasil. “Eu sou testemunha de que a Dilma é uma mulher que sabe o que diz, que trabalha muito. Nós encontramos este país acabado há 12 anos atrás. É claro que o jovem de 16 anos que está nas ruas, quando Lula entrou na Presidência da República, ele tinha 5 anos; então ele não sabe o que foi sair de 2,7% do PIB para educação e estar em 5,7% e ontem a noite ser votado 100% dos royalties, 50% do Fundo Social do Pré-sal. E neste transcurso, ter feito [o governo] cotas para universidade, ter expandido as universidades e as escolas técnicas; veja o caso da Bahia. Este governo tem trabalhado muito. Eu apoio as manifestações de rua, porque um país que quer ser soberano não pode ficar na zona de conforto. E essas manifestações vieram para nos tirar da zona de conforto, todos nós, todo mundo”.
Ouça na íntegra o áudio da entrevista: http://goo.gl/OJkmO