“Sem dúvida essa campanha hoje é uma conclamação à sociedade, especialmente desses 130 países, para que sejam tomadas atitudes frente à violação dos direitos humanos das mulheres”, afirmou Alice.
Segundo Alice, em 2009, a UNIFEM (ONU Mulher) já afirmava que a “violência de gênero é um fenômeno que atinge uma em cada três mulheres e meninas no mundo. É na verdade, um padrão que visa a preservação secular do sistema patriarcal e sua lógica de subalternizar o gênero feminino, ancorado na desigualdade social”.
De acordo com os dados da Anistia Internacional o tráfico de seres humanos é a terceira maior fonte de lucro do crime organizado no mundo, depois de drogas e armas, tendo passado os crimes relacionados às obras de arte. Para Alice as metas do tráfico não são somente as ações de prostituição, caso que uma novela da Rede Globo de Televisão vem tratando no momento, mas também “o trabalho escravo, as condições de trabalho em situações semelhantes às da escravidão”, disse.
Lei Maria da Penha
Alice ressalta que a Lei Maria da Penha “é um dos mais agudos instrumentos do mundo, mas precisa de recursos orçamentários para se consolidar”. Para a deputada é necessária à instalação varas especiais no Judiciário e mais delegacias de proteção à mulher.
Os governos precisam estabelecer metas e ações para implantação de uma estrutura condizente com as necessidades, pois, a “discriminação e a violência contra a mulher dão graves prejuízos ao Sistema Único de Saúde e inviabiliza para o trabalho um percentual alto de mais da metade da população brasileira”.