Promovido pela Associação de Servidores Técnico-Administrativos da Universidade Federal da Bahia (Assufba-Sindicato), o encontro teve como objetivo realizar um balanço das conquistas obtidas pelo movimento sindical e traçar novas estratégias de manutenção e avanço dos direitos da categoria, que congrega mais de 180 mil servidores em todo o Brasil.
Estiveram presentes no evento, a coordenadora geral da Assufba, Nadja Rabello, o coordenador de Aposentados da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Paulo César Vaz, o coordenador de Aposentados da Assufba, Edgar de Jesus e o coordenador licenciado da instituição e candidato comunista à Prefeitura de Salvador, Renato Jorge.
Cézar Vaz destacou que os servidores das universidades federais ganham o pior salário do serviço público federal, “mesmo com o aumento conquistado após a greve”. O coordenador comemorou a manutenção da paridade entre ativos e inativos da categoria, mas lamentou as dificuldades de negociação com o governo federal durante a greve. Segundo ele, a deputada Alice Portugal teve um papel decisivo para a abertura das negociações. ”Foi através de Alice, na Comissão de Trabalho e Educação, que nós conseguimos abrir as portas para a negociação”, disse.
Alice Portugal ponderou sobre a atual conjuntura política, apontando a necessidade de se ter clareza no “foco da luta” contra setores conservadores da sociedade que ameaçam os direitos conquistados pelos trabalhadores. “Como diria o velho Rui Barbosa ‘temos que ter olhos de ver ‘ a gente precisa continuar lutando e preservar as vitórias do povo. Entregar o Brasil, a Bahia, Salvador, a setores conservadores, mesmo com a cara nova, é colocar em risco tudo que vivemos”.
A deputada apontou a necessidade de se ter uma representação qualificada na Câmara de Vereadores para garantir a continuidade da luta. “Precisamos eleger Renato Jorge vereador. Precisamos de apoio local para sustentar a coerência das idéias que a gente defende.”
Reafirmando a sua oposição à Reforma da Previdência, Alice lamentou o fato de que os ingressos na carreira pública federal não terão mais aposentadoria integral. “Eles vão ter de refazer a luta que nós fizemos.”