A deputada Alice Portugal (PCdoB/BA) participou, nesta quinta-feira (14-06), de um ato na UFBA pela garantia da bolsa permanência para indígenas e quilombolas, afetadas pela política anti-educação de Temer.

Já em 2108, Temer cortou as bolsas do PBP (Programa Bolsa-Permanência), que é uma ajuda de custo mensal de 900 reais para gastos com moradia, alimentação e material escolar aos estudantes indígenas e quilombolas.

No total, quase 3 mil alunos já foram prejudicados, mas o número pode chegar a 5 mil até o final do ano letivo. Desde a sua criação, o programa atendeu 7.370 indígenas, 2.666 quilombolas e 9.563 estudantes de baixa renda, que deixaram de receber o auxílio em 2016.

Os estudantes indígenas e quilombolas não podem ficar nessa situação, sofrendo as consequências dos cortes do governo. Segundo as denuncias dos representantes dos alunos, o sistema do Ministério da Educação está bloqueado e o MEC ainda não solucionou a questão.

Há relatos em todo o país de jovens vivendo em situações degradantes, dividindo um pequeno apartamento com cinco, seis pessoas por não conseguir custear a moradia. A situação se agrava ainda mais porque outro auxílio aos estudantes, a assistência estudantil, também teve o custeio zerado em 2018. A bolsa garantia um valor médio de R$ 450 a estudantes em situação de vulnerabilidade econômica,

“Como vice-presidente da Comissão de Educação, denuncio que esses cortes são absurdos. A educação indígena e quilombola devem ser valorizadas. Eles não podem pagar a conta. É necessário que façamos investimentos, e não cortes na área. Vamos cobrar um posicionamento do governo para que a situação seja regularizada”, afirmou Alice.

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